A Poesia Burra

O café intoxica o começo da minha manhã.
A noite repleta de nicotina, ainda não é o bastante.
A ausência da culpa, me faz flutuar como um balão a hélio.
A falta de direção ainda me desnorteia, olho constantemente ao meu redor em busca de um sinal.
Olho constantemente dentro de mim, em busca de onde fui parar.
A vulgar inteligência que me atribuem, muitas vezes parece só uma fabula que infla o meu ego
Ainda assim teimo em acreditar, me julgando compositor, ou as vezes até poeta...

A poesia burra, é só um escarro do que é acumulado do dia a dia
A poesia burra, sem construção, sem molde, sem pano de fundo ou profundidade
A poesia burra é a violência que me sobra, é meu saco de pancadas, é o pedido de SOS do que sobrou do meu amor próprio. (Ele grita como um indefeso).

A poesia burra, na verdade, deve ser o que sobrou de mim,
tentando sair do cativeiro que eu mesmo criei.

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