Eu sempre quero pontuar as coisas, não aceito reticências em fins, não aceito meios que ponham virgulas nas minhas fases, não quero deixar nada sem ritmo,
minha vida tem rédeas que eu quero puxar,
mas ela é feito trem desgovernado não pode ser puxada pra direita,
eu descarrilhei mais ainda,
acrescentei lenha na máquina, a ânsia de andar alimentou a velocidade.
A máquina não quer andar em trilhos
ou os vagões não querem seguir a máquina,
ha um descarrilhamento em cada vagão,
uma forma de rebeldia em cada perder.
Ah um caminho separado pra cada ganhar, a questão são os rumos.
As pequenas coisas que nos indicam direções,
coisas tão gigantes que passam desapercebidas,
as insignificâncias que rodeiam o querer,
os dias que vão embora num piscar de olhos.
As quartas, agora são como os domingos.
Os dias só passeiam,
vou correr atrás deles.
Se tem uma coisa que eu odeio é esperar,
o que eu tinha na cabeça quando prometi esperar?
O verão já chegou.
Até o próximo.