Estação São Bento, 11 de Setembro.
Desço do trem sujo que pode até me levar a Vila Leopoldina, ele me diz:
- Tem gente com fome! Tem gente com sede! Tem gente com sono! Tem gente sozinha e como tem gente...
Sozinha, próxima estação: "acorde pra vida!"
Subindo a escada me deparo com um alerta: "Deixe a esquerda livre". Muitos não respeitam o alerta alegando que ele fere sua liberdade individual, outros dizem que já estavam na esquerda a muito tempo e que esses, que agora deram para deixar ela livre, são uma tola massa de manobra. No fim todos querem espaço e passagem mas as coisas continuam lentas. Acredito que um dia entraremos todos em acordo.
Desço o largo de São Bento em direção à 25, esperava ver o cinza tão famoso da cidade, vejo cores, tantas cores se movendo, não sobra espaço pra cinza, pra silêncio ou pra paz. No caminho trombo com a pressa, desvio da ganância, tomo cuidado com a fome e respiro por todo canto o instinto de sobrevivência.
O Sol das 13 horas castiga a todos, uns tentam ignora-lo pra continuar no labor.
Outros choram as dores de uma vida dura, sobre uma bisteca do sujinho.
Carlos Régulo.
Dialogo Sobre A Normalidade
- É tão estranho ser estranho?
- Por quê, Estranho?
- Porque que me parece que o normal é ser estranho.
- É bem por aí.
- Quer dizer que o Normal não é o certo?
- Acho que sim, não liga se isso te causar estranhamento... é normal viu?
- Por quê, Estranho?
- Porque que me parece que o normal é ser estranho.
- É bem por aí.
- Quer dizer que o Normal não é o certo?
- Acho que sim, não liga se isso te causar estranhamento... é normal viu?
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