Poesia a queima roupa

Seu olho miúdo
mirou
no meu peito

Bang!

O cheiro de pólvora
"paira" no ar.
Foi cirúrgico,
suas pernas me laçaram

Os suspiros são marginais,
fazem rebelião dentro de nós
Implorando por liberdade
A Macieira que é sua pele...
loucura!

A força insana dos nossos desejos,
perambulando fora da lei
Por nossos braços e quadris
Nossas Línguas navegando
Num maremoto de beijos quentes
Labaredas lambendo a nudez
Despidos de nós
Me vesti de ti
Indivíduos
uníssonos
Numa súplica só
Nossos corpos
Imploram
por mais
Mais
Mais!
Mas

Tudo flutua...
A brisa gélida encontra corpos molhados.
Meus olhos esquadrinham tudo
Incrédulos!
É totalmente compreensível
Nunca enxergaram
tanto sabor antes
Pelo menos não
Abertos.

-- Papini

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