Poema de uma manhã quente.

Domar essas mãos que querem passear sozinhas
Calar o silêncio desse quarto
O sangue pulsa e faz meu corpo remexer
Afasto meu anseio com as mãos

Eu queria estar sozinho,
mas a memória insiste em me provocar
ela fala baixinho, com voz rouca, no pé do meu ouvido...
assim como meu ouvido tem pés,
meus olhos tem braços
te agarram tantas vezes,
se a sociedade soubesse
meus olhos seriam condenados por perversão.

Quem sabe eu bata asas em direção ao sol...
Da ultima vez que tentaram se queimaram
Do jeito que andam meus desejos
Talvez o sol tenha queimaduras.

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