Ah, Pandora!


Ah! Pandora, eu tive que te escrever...
Sabe? muita coisa aconteceu, desde que você abriu a sua bendita caixa.
Ah! Pandora, como eu esperei...
E as coisas foram bem, os amigos vieram, o amor me visitou, vi um horizonte bonito.
Ah, Pandora! não fosse você...
Talvez não teria sobrevivido, a resistência pensadora não existiria em mim, e o resto de mim teria vencido.
Ah, Pandora! como foi amargo...
Quando depois de um longo verão, as coisas do inverno foram retornando.
Ah, Pandora... seu maldito presente.
Mesmo com a minha experiência em desacreditar, acreditei no novo... O além redentor que me salvaria de tudo. Por sua causa.
Ah, Pandora... Foi culpa sua!
Conheço minha natureza, e ela transbordou e destruiu, como nunca havia feito. Destruindo meus bens, me alavancando ao passado com uma violência absurda.
Ah, Pandora. Eu aceitei.
E continuei destruindo como antes, mas seu presente está arraigado em mim. E eu esperei ter o mínimo do que possuía, mesmo em tempos tão difíceis.
Ah Pandora, eu te amaldiçoo;
Os que eu não afastei, se afastaram naturalmente, por questão de tempo ou de bom senso.
Pandora.
Eu te imploro.
Leva de volta a esperança. Aquela, da caixa... 

Que ainda me mantém vivo.

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