Dos equívocos poéticos de fim de ano

Chegou o dia internacional de você me ferir
E me dizer que realmente sente por me machucar
Não que eu não mereça, eu sou vil e não tão calmo assim
Só acho muito rude a intenção de tentar me enganar

O olhar fabricado retalhou as asas do pardal,
me diz, o seu discurso era só a sua falta de ar?
As flores na janela e o balanço do nosso jardim,
queimados feito incenso vagabundo vão se desmanchar

No mês passado eu pisei nos sonhos que cê construiu
E eu te disse que não havia jeito de me reformar
Te fiz chorar cachaça e suas artérias fui eu que entupi
Prendi seu tornozelo prometendo que íamos voar

Abril houve um desastre que estraçalhou a sua paz
Seu peito só mentia ritmado pra você dançar...
Acinzentei as cores da janela ao entardecer
Poetas são espinhos são espinhos perigosos para se regar

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