Meus versos parecem repetidos, defasados, desconexos.
Minha vida
como meu discurso
anda perdida.
Não vejo mais ligação entre as sentenças.
A falta de emprego me consome.
Nos adestraram !
Ensinaram que sozinhos
somos melhores
Esperamos pela ração mensal
Esperançosos de que chegará
no mês que vem
O medo da fome
O dia ruim
As dores do dia
Tudo despejado
Num salto
Esmagado pela roda do Onibus
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