RELATO DE UM RETRATO


Trampo, Tempo, Trago
no peito o desespero, a consciência do estrago
Vem a neura todo dia,
assim que vejo o extrato
da conta Vazia
A tanto tempo, a gente nota o descaso
do estado de espirito
Assim me vejo, como pregar o desapego
Se nem eu estou comigo?
E a paranoia cresce, acumulando inimigos
Seguimos
Sem saber qual
Os caminhos são confusos
Os poemas são lamentos, as palavras vão com o vento
Quero extrapolar meus textos
Vivo desviando da dor
E o emprego??
Martelando feito prego
A pergunta me esfola
E na mente a fuga grita, como vou viver de esmola?
Quero correr da minha sina
Espero que a canção me sirva
De incentivo pra lembrar
do verso que foi promessa:
"Eu vou e prometo me cuidar"

-- Papini

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