SÃO PAULO


Alguma coisa tece
E o tecido cobre
o que acontece?
Eu rezo, faço prece
O Nariz sobe, o santo desce
Freio o acelero, volta sete
Vezes sete
Reproduzem feito lebre
Dizem que o ser é coisa leve,
Não conversam só repete, repete
...
E que ninguém me moleste!

De cada um o que carece
É que a gente sempre esquece
Minha dor também te fere
E Não muda que é no leste
Que o sol vai padecê
Toda tristeza me lembra um clichê
Vou caçar o resto da minha liberdade
Com você
Nos preocupa tanto explicar,
que a gente esquece de dizer...
Trampo, Tempo, Trago
no peito o desespero, a consciência do estrago
Vem a neura todo dia,
assim que vejo o extrato
da conta Vazia
A tanto tempo, a gente nota o descaso
do estado
de espírito
Assim me vejo, como pregar o desapego
Se nem eu estou comigo?
E a paranoia cresce,
acumulando inimigos
Seguimos
Sem saber qual
Os caminhos são confusos
Os poemas são lamentos, as palavras vão com o vento
Quero extrapolar meus versos
Vivo desviando da dor
E o emprego??
Martelando feito prego
A pergunta me esfola
E na mente a fuga grita, como vou viver de esmola?
Quero correr da minha sina
Espero que a canção me sirva
De incentivo pra lembrar
do verso que foi promessa:
"Eu vou e prometo me cuidar"
-- Papini

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