Sem Boi Comigo mesmo

Um dia eu paro de cuspir veneno
minha mente deve estar jorrando pus

Penso merda pra carai, sozinho o Brown também e até jesus
Sóbrio em sexta quente, vai veno,
talvez seja a hora de me colocar nos trilhos
De arregaçar minha cara até eu virar meu amigo


A anestesia acabou
Resolvi escrever pra estancar
A ferida suja ainda pulsa
junto a repulsa que dá expor a fraqueza
mas deve ser isso

ir pro quarto

observar a cama e os bolsos vazios
enquanto escuto a dor sair, sem olhar pra trás
se empanturrar de nós na garganta

Mas sozinho. Comigo.
Até o despertador chutar minha cara
e me lembrar de bater o cartão
Se não é expulsão, to no vermelho
enfrentar outra multidão de espelhos

Vou cruzar todos os caminhos até achar os meios.

To cansado de sustentar minha pequenez
Sou gigantesco só preciso de 900 Reais por mês.

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